Eu, Robô ( I, Robot).
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Apesar de o roteiro se inspirar no best-seller homônimo de Isaac Asimov, um dos clássicos absolutos da literatura de ficção-científica, a trama no filme tem pouco em comum com o original, utilizando-se basecamente das leis de robótica boladas pelo escritor. Desde o começo, quando Will Smith (dos dois Homens de Preto) aparece de cuecas, é nítida a intenção de fazer deste um perfeito veículo para o carisma do galã afro-descendente. A proposta do diretor Alex Proyas (O Corvo, Cidade das Sombras), que tem um apurado bom gosto visual, é mesmo realizar uma ótima fita de ação, um policial futurista de ritmo interrupto e efeitos especiais de última geração. Neste sentido, o filme funciona à perfeição. Na Terra de 2035, os ajudantes robóticos são um fato consumado, e eles agem sob um código rigoroso que, entre outras coisas, os impede de machucar e liquidar qualquer ser humano. Neste cenário, uma megacorporação cria modelos cada vez mais evoluídos. Nasce então a trama policial: um cientista é assassinado, e entra em cena o agente Spooner (Smith), cujo cinismo e destemor lembram muito Bruce Willis na série Duro de Mata. Ele odeia tecnologia e, apesar das tais leis, desconfia de todo e qualquer robô. À medida em que as investigações avançam, ele se mostra cada vez mais convicto, mesmo sendo desacreditado por todos, de que o criminoso é um destes seres de ferro. Será que os modelos mais novos são capazes de sonhar, reagir e pensar? Poderão eles de fato matar? Para criar o perfeito comportamento à ação de Spooner, Proyas caprichou na caracterização do robô suspeito número 1, Sonny, que é a melhor coisa do filme. Com adrenalina correndo solta e uma produção luxuosa e ostensiva, o espectador se vê diante de uma diversão garantida e de um merecido sucesso de bilheteria.

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